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sábado

SEU ZÉ PILINTRA




































Um mistério na Umbanda, esse guia que é muito conhecido na Umbanda, Candomblé e outras.
Seu Zé, como é carinhosamente chamado, é uma excessão a qualquer regra na Umbanda ou na Quimbanda.
Sua primeira aparição foi no Catimbó, antiga religião onde se fazia muito feitiço, uma religião muita pesada, com muitas cargas negativas, essa religião se usava muito vodu, aqueles bonecos que simbolizavam pessoas, onde se colocava alfinetes nela como se tivesse maltratando-a. Os guias que se manifestavam nessa religião eram chamados de mestres, Mestre Zé Pilintra, por exemplo.
Na Umbanda ele se manifesta tanto na direita (guias como preto velho,baianos,etc..) e esquerda (Exús).
Na direita ele vem na linha de baianos e pretos velhos, fuma cigarro de palha, bebe batida de coco, pinga coquinhos ou simplesmente cachaça, sempre com sua tradicional vestimenta. Calça branca, sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
É um Exú, um baiano e também um Preto-Velho e essa versatilidade permite-lhe trabalhar em qualquer linha que esteja correndo na gira.
Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, os Zé Pilintra, tem duas características marcantes:
Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, principalmente xaxado, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc...
Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.
Agora quando ele vira para o lado esquerdo, a situação muda um pouco, em alguns terreiros ele pede uma outra roupa, um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e uma cartola, fuma charutos, bebe marafo, conhaque e uísque, até muda um pouco sua voz. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta.
E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros ou cigarilhas, bebe batidas e pinga de coquinho, e sempre muito brincalhão, extrovertido. Trabalha muito com bonecos, agulhas, cocos, pemba, ervas, frutas, frango, velas, etc..
Seu ponto de força é na porta do cemitério, pois ele trabalha muito com as almas, assim como é de característica na linha dos Pretos-Velhos e Exús. Sua imagem fica sempre na porta de entrada no terreiro, pois ele é quem toma conta das portas, das entradas, etc..
É muito conhecido por sua irreverência, suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de cabra até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.

A História de   "'um"   "Seu Zé":
José Gomes da Silva, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bom, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.
Sua vida era a noite, sua alegria as cartas, os dadinhos, a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas.
Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos. A estes sempre dispensava, mandava-os embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, aos que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito inicialmente, quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja, vermouth e outros alcoólicos que aparecessem.
Esta entidade anda pelo mundo todo, suas manifestações apresentam-se em todos os cantos da terra. A pouco teve-se notícia pelos diários, de uma médium que o incorporava nos Estados Unidos.
No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro.
Alguns quando se manifestam, vestem-se a caráter. Terno e gravata brancos. Mas a maioria gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda e justificam o gosto lembrando que a seda, a navalha não corta.
Bebem de tudo, da cachaça ao whisky, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá.
Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los.
Podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir caminhos. Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões ou festas.
Existem também as manifestações femininas da malandragem: Maria Navalha é um bom exemplo. Manifestam-se como características semelhantes aos malandros, dançam, sambam, bebem e fumam da mesma maneira. Apesar do aspecto rude, demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores, principalmente as rosas vermelhas e vestem-se sempre muito bem.
Ainda que tratado muitas vezes como Exú, Zé Pelintra não é Exú. Essa idéia existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares, manifestam-se tranqüilamente nas sessões de Exú e se parecem com eles. Há um ponto inclusive que lembra muito essa amizade entre Exús e Zé Pilintras.























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