Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda.
São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista.
Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.
Muitas são as funções que os pontos cantados têm.
Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa.
Assim temos pontos para a defumação, abertura das giras, bater cabeça, etc.
Temos também a função de ajudar na concentração dos médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium, não a deixando desviar – se do propósito do trabalho espiritual.
Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico.
Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chacras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chacras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.
As ondas energéticas – sonoras emitidas pela curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas – pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais.
A curimba transforma-se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.
Os pontos transformam-se em “orações cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino.
Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.
A Curimba também é de suma importância para a manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc.
Entendam bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem. Todos já encontram-se no espaço físico - espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos.
Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias. (Eu diria para dar apoio aos médiusn em se manterem melhor conectados às irradiações, porém informo que não é obrigatório o uso de atabaques, milhares de casas como a minha não os tem, devido espaço físco, necessidade de silêncio, falta de pessoas preparadas para os toques)
O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções.
Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.
Falando agora da função de atabaqueiro e curimbeiro, ou simplesmente da função de “ogã” como popularmente as pessoas chamam na Umbanda, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para exercerem tal função em um terreiro.
Infelizmente ainda hoje a mentalidade de que o ogã é “qualquer um que não incorpore” persiste.
Mas afirmamos, o ogã como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba.
Por isso faz - se necessário que seja escolhido uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.
Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser um novo ogã procure uma escola de curimba, onde aprenderá os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar.
Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras, SIM!
O "cargo" de ogã vem do candomblé e apenas é dado a pessoas do sexo masculino.
A mulher no Candomblé não toca atabaque, por alguns dogmas da religião, principalmente em relação à menstruação.
Na Umbanda respeitamos, mas não importamos, "ou melhor não utilizamos" dogmas e conceitos do candomblé, mas sim seguimos os nossos, passados diretamente pelos nossos guias e mentores. (Preceitos e Leis de cada Casa).
Nunca vimos um caboclo ou preto-velho proibindo mulher de tocar atabaque, por isso afirmamos, na Umbanda mulher toca e canta sim e, diga-se de passagem, muitas vezes melhor do que os próprios homens.
Por fim, queremos fazer alguns comentários a cerca da espiritualidade que guia os trabalhos da curimba.
Muitas linhas de Umbanda existem no astral e trabalham ativamente nele, apesar de não incorporarem. (irradiarem)
Existem muitas linhas de caboclos, exus, pomba-giras, etc, que por motivos próprios trabalham nos “bastidores”, sem incorporarem ou tomarem a “linha de frente” dos trabalhos espirituais.
Também existe uma corrente de espíritos que auxiliam nos toques e cantos da curimba.
São mestres na música de Umbanda, verdadeiros guardiões dos mistérios do “som”.
Normalmente apresentam-se com a aparência de homens e mulheres negras, com forte complexão física para os homens, e bela mas igualmente forte para as mulheres.
Seus trajes variam muito, indo desde a roupagem mais simples como um “escravo” da época colonial, como até mesmo o terno e o vestido branco.
São espíritos bondosos, muito alegres e divertidos, que com o cantar encantam a muitos no astral.
Alguns fazem – se presente auxiliando o toque, outros o canto e outros ainda auxiliam a manutenção da energia e sua dissipação dentro do terreiro.
Muitas vezes chega a acontecer uma espécie de “incorporação” desses guias com os ogãs, os inspirando a determinados toques e cantos.
Qualquer pessoa com experiência em curimba pode relatar casos aonde um ponto vem na hora que ele é necessário e depois você simplesmente o esquece. Isso acontece sobre inspiração desses mentores.
Algumas vezes também, em festas de Umbanda e dos Orixás, onde muitos se reúnem, percebemos que diversos espíritos chegam portando seus “tambores astrais”, percutindo-os a partir do astral, ajudando na sustentação e na energia das festividades, potencializando ainda mais os toques dos atabaques e as energias movimentadas.
Quando os guias, incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam, estão pedindo para que as forças movimentadas pela curimba sejam benéficas a todos, mas estão principalmente, saudando e agradecendo a toda essa corrente de trabalhadores “anônimos” do astral.
Estão percebendo como muita coisa foge aos nossos sentidos em uma “simples” e humilde gira de Umbanda?
Sabemos que esse universo da curimba muitas vezes é pouco explicado, e muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos centros de Umbanda.
A isso, os próprios guias e mentores de Umbanda respondem, tanto incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo”, como também, abrindo turmas de estudo de Umbanda e desenvolvimento mediúnico, onde percebemos claramente que o "animismo" (Animismo é a manifestação do próprio médium involuntariamente, outras por necessidade ou mesmo a manifestação do espírito do médium) e sem conta triste i mistificação, isso acontece por despreparo do médium, falta de estudo ou orientação e não pelo uso de atabaques.
Colocar a culpa nos atabaques do despreparo do médium é como “tampar o sol com a peneira”. Exemplo: Curimbeiro toca algum toque e o médium se entrega ao tranze mediúnico sem respeitar o momento correto de ficar receptivo à irradiação, lógico que isso vem com o desenvolvimento mediúnico, mas muitos velhos(as) médiuns, viciados em dar showlzinhos se entregam ao tranze ou se mostram perturbados pelos tambores, muitas vezes para serem motivo de atenções)
Afinal, como explicado parágrafos acima, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico.
Muitos desses toques a respeito da curimba, que aqui estão escritos, foram me passados por um espírito amigo, que me auxilia nos trabalhos de curimba e que apresenta-se com o nome simbólico de “Zé do Couro”.
Esperamos que esse texto possa ter trazido certas explicações à cerca da curimba, desmistificando e explicando alguns aspectos dela.
Louvação aos Ogãs
"Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na umbanda
Não se pode trabalhar
Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção, divina que emana muita paz"
FONTES: REVISTA DA DANÇA - E -
Postado por AUREA OLIVEIRA
ATABAQUES
Tambores altos e estreitos, afunilados de um só couro, usados para atrair as diferentes vibrações, quando tocados. Os atabaques são usados para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os médiuns permaneçam em atenção mediúnica.
Existem 3 tipos de atabaques:
- Rum (grave)
- Rumpi (médio)
- Lê (agudo)
Os
atabaques são um dos principais pontos de atração de vibrações
de um terreiro. A energia do Orixá/Entidade chamado é captada
pelos assentamentos e direcionada para o Zelador onde é concentrada e
depois lançada para os atabaques onde é modulada e
distribuída para os médiuns da corrente.
O responsável pelos atabaques é normalmente uma
pessoas escolhida no terreiro que conheça os ritmos aplicados para cada
linha dentro da Umbanda.
É importante frisar que a Umbanda não tem Ogã. Este "título" somente se aplica ao Candomblé.
Os atabaques devem ser tratados com o máximo de respeito
e nenhuma pessoa desautorizada deverá tocá-los, o que poderia
colocar em risco o equilíbrio da gira e a faixa mediúnica dos
médiuns da corrente.
Quando fora de uso, os atabaques, devem ser cobertos com
pano próprio.É importante observar que o toque (volume) dos atabaques nunca deve exceder as vozes da corrente. Quando o atabaque excede a corrente se desorganiza e o médium perde a concentração, atrapalhando e muito o desenvolvimento dos médiuns e o bom andamento do trabalho.
O toque do atabaque deve manter suas raízes no samba,
donde nasceram a maior parte dos pontos cantados da Umbanda. O toque do atabaque
é normalmente o "toque sambado" do instrumento. é absolutamente desnecessário
"surrar" o couro, uma vez que este elemento é usado somente
para induzir o ritmo dos pontos cantados. Com a junção do atabaque
e a corrente cantando vibrante os pontos cantados faz-se a festa de Umbanda.
Esta é que mantém a vibração do terreiro.
Gira de Umbanda não é festa de Olodum. Terreiro de Umbanda não é barzinho onde se toca pagodinho.
Opcionalmente,
um terreiro de Umbanda pode usar o berimbau, principalmente quando são
feitos trabalhos de boiadeiros. Os berimbaus são normalmente sem pintura, de madeira Biriba
ou similar, medindo 8 palmos, as baquetas devem ser de madeira, lixadas e medir
aproximadamente 40 cm de comprimento. As cabaças devem ser preparadas,
lixadas e envernizadas, a corda do berimbau deve ser tirada do pneu do carro,
sem queimar o pneu. Os dobrões devem ser de bronze ou similar. A linha
de berimbaus é composta basicamente por 3 elementos: berra-boi, médio
e viola.
Também pode ser usado o Agogô.
Os sons são projetados para os ouvidos dos médiuns
(regido por Xangô que também rege o som). As vibrações
sonoras (moléculas de ar vibrando para frente e para trás) são
recolhidas pelo ouvido externo que as conduz até os tímpanos que
as faz vibrar, então são levadas ao ouvido interno e através
do nervo auditivo chegam até o cérebro onde se dá a percepção
do som.
Obs.: O atabaqueiro pode projetar a energia sonora até
40 metros de distância.
Xangô também rege os atabaques através
de seus Caboclos. Alguns Caboclos que recebem energização de Xangô
são: Pena Verde, Giramundo, 7 Flechas, Cobra Coral. Lembrando: somente
os Caboclos de Xangô regem os atabaques.
Quando os atabaqueiros não estão preparados,
a energia de Xangô isola os atabaques, assim as vibrações
partem direto do Zelador para o campo do atabaqueiro.
O Caboclo atrás do atabaqueiro projeta a energia modulada para o chakra espiritual dos médiuns.
O Caboclo atrás do atabaqueiro projeta a energia modulada para o chakra espiritual dos médiuns.
Em 1867
Heinrich Rudolph Hertz
conseguiu medir a intensidade das vibrações
sonoras, determinando em que faixas elas são captadas. Em sua homenagem
o número de vibrações por segundo de uma onda sonora recebeu
o nome de hertz. Assim a freqüência do som é medida em hertz.
O ouvido humano não consegue ouvir ruídos com freqüência
superior a 20.000 hertz ou inferior a 30 hertz.
A Umbanda se utiliza desse conhecimento para sintonizar as
energias Intensas (longitudinais) e também as Moduladas (centrípetas).
Os sons emitidos pelos atabaques na devida intensidade determina que tipo de
entidade será "chamada" ou "atraída".
As energias intensas correspondem às entidades classificadas
como "guerreiras", que recebemos em nosso corpo de forma direta: Orixás,
Guias Guerreiros e Protetores de Demanda e sua chegada na Terra é regida
pelo Caboclo Tabajara. Os toques para estas entidades são sempre altos
e com ritmos acelerados.
Já as energias centrípetas correspondem às
entidades "harmoniosas" que recebemos em nosso corpo sendo envolvidos
por uma espiral: Orixás, Guias Harmoniosos, Protetores de Cura e sua
chegada na Terra é regida pela Mãe Jurema que tem sua Lei responsável
pelo equilíbrio dos corpos celestes em relação ao espaço
infinito. Os toques dos atabaques nestas giras devem ser mais baixos e com ritmos
lentos e cadenciados.
Apesar do que foi exposto, é correto lembrar que mesmo
sem os atabaques, as entidades e energias podem ser atingidas e atraídas
para o mundo material, apenas a gira em si, será completamente diferente.
A incorporação dependerá única e exclusivamente
de cada médium, exigindo deles toda a sua capacidade de concentração.
Além disso o equilíbrio do ambiente será outro pois não
será utilizada a ciclagem de energias promovida pelos fundamentos do
atabaque como explicaremos a seguir.
Vejamos a importância dos atabaques.
Para produzirmos energia provocamos o atrito no couro dos
atabaques e com isso atingimos níveis de calor e vibrações
sonoras que vão diretas para os campos celulares dos médiuns.
Os médiuns se eletrizam ao som dos atabaques. Sem atabaques, sem eletrização.
Pelo campo magnético do atabaqueiro que absorveu as
energias que vieram do Zelador, são projetadas as vibrações
dos nossos assentamentos para os demais médiuns assim a corrente magnética
se espalha pelo recinto de trabalho.
O atabaqueiro, ao tocar, aguça sua captação
de energias, recebe de um Guia uma certa carga de vibrações que
se infiltra nos seus planos material e espiritual iniciando, depois, um ciclo
que terá término em suas mãos. Com a produção
de energia calorífica, através do toque no couro, o atabaqueiro
fará a mistura com as vibrações das entidades e as vibrações
naturais dos médiuns, a sua energia e a do Guia irão circular
na corrente mediúnica começando dos médiuns mais preparados
e passando para os iniciantes. Essa energia, quando enfraquecida, volta para
as mãos do atabaqueiro onde será fortificada e voltará a
fazer o ciclo na corrente.
Percebe-se que tanto a presença física dos
atabaques quanto a dos atabaqueiros é de suma importância para
a atração e distribuição das energias dentro da
gira. Assim, concluímos que através dos discos ou aparelhos eletrônicos
jamais teremos os resultados esperados. É melhor que se trabalhe somente
com preces e concentração para obter-se maior eficiência
caso não haja possibilidade de haver uma pessoa preparada comandando os
cânticos e toques.
A confecção dos atabaques
São formados por três partes distintas:
1) couro animal
2) madeiramento
3) ferragens
O atabaque que tem sua afirmação feita por
cordas e tranças devem usar couro animal. O material sintético
não tem fundamento. Nessa categoria está a timba utilizada nas
escolas de samba. O som pode ser mais forte mas as energias captadas e distribuídas
são zero.
O couro animal mais apropriado é o de bode e deve
ser adquirido em matadouro. Procuramos não comprar o animal vivo.
Deve-se deixar o couro por 24 horas embebido em água e sal, só depois poderá ser utilizado.
Deve-se deixar o couro por 24 horas embebido em água e sal, só depois poderá ser utilizado.
A parte de madeiramento é geralmente comprada em lojas
especializadas.
O preparo é o seguinte:
O preparo é o seguinte:
Lavar com água e sal. Deixar secar ao sol. Lixar a
madeira. Pintar e envernizar . Passar uma demão de cera de vela derretida
para cobrir qualquer buraco e evitar o cupim.
As ferragens podem, também, ser adquiridas em casas
especializados e o ritual deverá ser o seguinte:
Colocar as peças na água com sal, depois secá-las
ao sol. Lixar e pintar. Quando secar embeber em azeite de dendê até
serem usadas. Elas devem ser colocadas nos atabaques ainda molhadas (com azeite) para proteger
da ferrugem.
Essas três partes do atabaque têm sua regência:
O couro pertence ao Caboclo que dá força ao
atabaqueiro para tocá-lo. A madeira a Pai Xangô que dá ao
atabaque a condição de justiça para não ser utilizado
para o mal. A ferragem aos Exús que não permitem que eles sofram
demandas.
Com essas energias combinadas ao toque e ao canto temos um
instrumento de contato com qualquer entidade, seja ela de ação,
reação, sublimação, positiva, negativa ou neutra.
Com os atabaques devidamente preparados podemos então trabalhar com os
Orixás, Guias e Protetores. É ele o mensageiro entre nós
e o mundo espiritual. As mensagens vão para outras dimensões por
códigos, feito um telégrafo, através dos "toques".
No atabaque só quem pode tocar são os Zeladores, os
atabaqueiros previamente autorizados para isso e os Caboclos, nenhuma
outra vibração
deve ser colocada sobre os mesmos. As pessoas devem ser preparadas
para tocá-lo
e só devem ser utilizados para trabalhos espirituais, nunca para
diversão.
Se acontecer perderá toda imantação e deverá ser
"cruzado" novamente.
Caso alguém resolva usá-lo sem autorização
estará consumindo uma energia que para ele se tornará negativa.
Assim como uma lâmpada estoura se ligada em fase superior a sua capacidade,
também a pessoa irá sofrer as conseqüências desse contato.
Poderá sentir dores de cabeça, ou pior, poderá estar evocando
algum espírito trevoso pela correspondência do toque usado, então
o atabaque acaba se tornando uma arma contra aquele que o está usando indevidamente.
Nos terreiros em que qualquer um toca no atabaque, das duas
uma: ou são todos desconhecedores de sua energia ou o atabaque não é cruzado.
Quando uma entidade pedir o atabaque devemos entregá-lo pois ele nunca
irá bater, mas sim tirar alguma demanda ou imantá-lo para alguma
gira específica. As outras entidades cruzam o atabaque sem tocar nele.
Quando for necessário trocar um atabaque uma entidade
irá avisar.
Quando fora de uso, os atabaques devem estar sempre cobertos
com um pano contendo a firmeza do terreiro.
Antes de usar o atabaque deve-se pedir permissão,
tocando o couro e dizendo:
Dai-me licença Pai Oxalá. Dai-me licença
...(entidade dona do atabaque). Dai-me força e dignidade para esse instrumento
eu tocar.
Quando o atabaque for guardado, deve-se agradecer:
Obrigado meu Pai Oxalá. Obrigado .....(entidade dona
do atabaque). Obrigado por ter-me permitido cumprir a minha missão.
Louvação aos Atabaqueiros
"Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na Umbanda não se pode trabalhar
Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção divina que emana muita paz"
Curimba é o nome que damos para o grupo responsável
pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda.
São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista.
Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.
São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista.
Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.
Muitas são as funções que os pontos cantados têm.
Primeiramente uma função ritualística, onde os pontos “marcam” todas
as partes do ritual da casa. Assim temos pontos para a defumação,
abertura das giras, bater cabeça, etc.
Temos também a função de ajudar na concentração dos
médiuns. Os toques assim como os cantos envolvem a mente do médium,
não a deixando desviar–se do propósito do trabalho espiritual.
Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Além disso, a batida do atabaque induz o cérebro a emitir ondas cerebrais diferentes do padrão comum, facilitando o transe mediúnico. Esse processo também é muito utilizado nas culturas xamânicas do mundo afora.
Entrando na parte espiritual, os cantos, quando vibrados de coração, atuam diretamente nos chakras
superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando–os
naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior,
assim como os toques dos atabaques atuam nos chakras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.
As ondas energéticas–sonoras emitidas pela curimba
vão tomando todo o terreiro de Umbanda e vão dissolvendo
formas–pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das
pessoas, diluindo miasmas, larvas astrais, limpando e criando toda uma
atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das
práticas espirituais.
A curimba transforma–se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.
A curimba transforma–se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.
Os pontos cantados transformam–se em “orações
cantadas”, ou melhor, verdadeiras determinações de magia, com um
altíssimo poder de realização, pois é um fundamento sagrado e divino.
Poderíamos chamar tudo isso de “magia do som” dentro da Umbanda.
A Curimba também é de suma importância para a
manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de
“chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Entendam
bem, os guias não são chamados pelos atabaques como muitos dizem.
Todos já encontram–se no espaço físico-espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias.
O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.
Todos já encontram–se no espaço físico-espiritual do terreiro antes mesmo do começo dos trabalhos. Portanto a curimba não funciona como um “telefone”, mas sim como uma sustentadora da manifestação dos guias.
O que realmente invoca os guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados em vossas direções. Muitas vezes ao cantar expressamos esses sentimentos, mas é o amor aos Orixás a verdadeira invocação de Umbanda.
Falando agora da função de atabaqueiro e
curimbeiro, enfatizamos a importância deles serem bem preparados para
exercerem tal função em um terreiro. Infelizmente ainda hoje a
mentalidade de que o atabaqueiro é “qualquer um que não incorpore”
persiste.
Mas afirmamos, o atabaqueiro como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba. Por isso faz-se necessário que seja escolhida uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.
Mas afirmamos, o atabaqueiro como peça fundamental dentro do ritual é também um médium intuitivo que tem como função comandar todo o “setor” da curimba. Por isso faz-se necessário que seja escolhida uma pessoa séria, estudada, conhecedora dos fundamentos da religião.
Além disso, o ideal é que o “neófito” que busca ser
um novo atabaqueiro estude muito sobre a Umbanda antes mesmo de se
assumir na posição de atabaqueiro, onde aprenderá os fundamentos, os
toques essenciais e “como”, “o quê” e “quando” cantar e,
principalmente, a maneira certa de se tocar o couro do instrumento.
Fonte: Naturezaepaz.com.br - Umbanda.com.amor
ALGUNS TOQUES EXISTENTES:
TOQUE DE MARCAÇÃO
TOQUE DE IJEXÁ
TOQUE BARRA VENTO
TOQUE ANGOLA
TOQUE CONGO
TOQUE NAGÔ
COMO TANTOS OUTROS UTILIZADOS EM OUTRAS RELIGIÕES AFRO-INDÍGENA-BRASILEIRAS, COMO EXEMPLO : TOQUE DE BASE, SAMBA DE ANGOLA, SAMBA DE CABOCLO, SAMBA DE COCO, CONGO DE OURO, BEM COMO TOQUES INDÍGENAS - XAMÃS QUE PODEM SEREM EXECUTADOS EM OUTROS TIPOS DE TAMBORES ALÉM DOS ATABAQUES.
"DEIXO AQUI REGISTRADO MEU APREÇO E RESPEITO PELAS FONTES DESTA POSTAGEM BEM COMO APROVEITO PARA EXTENDELOS A TODOS OGÃNS, CURIMBEIROS OU ATABAQUEIROS COMO QUEIRAM, BEM COMO DUAS ESCOLAS DE CURIMBAS QUE ENGRANDECEM A NOSSA UMBANDA, UMA A ESCOLA DE CURIMBA DE PAI ADRIANO EM JACAREÍ -SP (GRATUÍTA POR SINAL) E ESCOLA DE CURIMBA CABOCLO GIRASSOL DE TAUBATÉ-SP, TENDO À FRENTE COMO RESPONSÁVEL O OGÃ E MÉDIUM RONCALI ROSTEMBERG, EM TAUBATÉ - SP."
CONHEÇAM:
http://www.caboclopery.com.br/escola_curimba_caboclo_girassol.htm
Ysaiias Pintto Sacerdote e Presidente da Sagrada Umbanda
"OS ATABAQUES DE CORDAS SÃO USADOS PELOS GRUPOS DE CAPOEIRAS, POR SEREM MAIS COMPLICADOS NAS AFINAÇÕES, IMPORTANTES DURANTE A EXECUÇÕES DOS TOQUES POR FORÇA DAS VARIANTES DE CLIMA, DE AMACIAMENTO DO COURO, AFROUXAMENTO DE PORCAS, ETC." Ysaiias Pintto Sacerdote, um amante da Energia do Tambores, mesmo não os tendo em seu ritual, pela força da necessidade de controle sonoro, devido localização de onde realizamos nossos trabalhos.
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