Egunitá é o Orixá aplicador da Justiça Divina na vida dos
seres racionalmente desequilibrados. PARA NÃO SER CONFUNDIDA OM UMA VIBRAÇÃO DE OYÁ ( OYÁ EGUNITÁ) CHAMAMOS DE OROINÁ
Irradiação: Purificação e Equilíbrio
Campo de atuação: Justiça e Lei
Elementos: Fogo e Ar
Cores: Laranja, Dourado e Vermelho
Data comemorativa: 24 de maio
Dia da semana: Quinta-feira
Sincretismo: Santa Sara Kali e Santa Brígida
Irradiação: Purificação e Equilíbrio
Campo de atuação: Justiça e Lei
Elementos: Fogo e Ar
Cores: Laranja, Dourado e Vermelho
Data comemorativa: 24 de maio
Dia da semana: Quinta-feira
Sincretismo: Santa Sara Kali e Santa Brígida
Fogo,
eis o mistério de nossa amada mãe Oroiná - Egunitá, regente cósmica do Fogo e da Justiça
Divina que purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados,
desvirtuados e viciados.
Em princípio, devemos alertar de que não encontramos um
Orixá feminino que seja puro fogo e que tenha chegado até nós, por uma causa
muito simples: as divindades só humanizam os seus pólos (qualidades, atributos
e atribuições) que nos são úteis, dando amparo e estimulando nossa fé.
Oroiná - Egunitá é tida como um dos pólos da Iansã e está correta
esta interpretação... mas com uma observação: Iansã é o ar que alimenta o fogo
de Xangô ou o apaga. E Egunitá é o fogo que aquece o ar de Ogum, ou o consome.
Sim, o primeiro elemento de Iansã e Ogum é o ar e o
primeiro elemento de Egunitá e Xangô é o fogo. Logo, Egunitá só é um dos pólos
de Iansã quando atua em seu pólo negativo, aéreo e cósmico, para consumir os
excessos emocionais dos seres atraídos por ela porque estavam agindo em
desacordo com os ditames da Lei. Com Egunitá acontece a mesma coisa: ela é o
fogo que atua na irradiação do ar (Iansã). Mas ela não é do ar, e sim do fogo.
Bem, com isto explicado, vamos comentar nossa amada mãe
Egunitá já a partir do conhecimento superior acerca dos Orixás e de seus campos
de ação.
Nossa mãe Egunitá é fogo puro e suas irradiações cósmicas
absorvem o ar, pois seu magnetismo é negativo e atrai o elemento, com o qual se
energiza e se irradia até onde houver ar para dar-lhe esta sustentação
energética e Elemental.
Como Egunitá (fogo) é feminina, então ela se polariza com
Ogum (ar), que é masculino e lhe dá a sustentação do elemento que precisa, mas
de maneira passiva e ordenada. Só assim suas irradiações acontecem de forma
ordenada e alcançam apenas o objetivo que ela identificou.
Se ela polarizasse com Iansã, suas energias não seriam
irradiadas porque aconteceria uma propagação delas na forma de labaredas, já
que as duas são de magnetismo e elemento feminino. Eis a chave das
polarizações, que obedecem a uma ordenação das irradiações através dos
magnetismos.
Até nisto nós vemos a perfeição do Criador, pois o fogo
feminino de Egunitá se espalharia pelo elemento eólico de Iansã e assumiria
proporções alarmantes. Mas, ao se polarizar com Ogum, e se ela, enquanto
divindade natural, absorver muitos das irradiações eólicas dele, irá
resfriar-se e será anulada em seu próprio elemento.
O inverso acontece com Ogum, que é passivo e só se torna
ativo em seu segundo elemento, o que o alimenta,aquecendo-o e energizando suas
irradiações. Ogum, enquanto aplicador da Lei atua nos campos da justiça como
aplicador das sentenças.
Ogum é passivo no magnetismo eólico e ativo em seu segundo elemento, o fogo que energiza (aquece) o ar.
Ogum irradia em linha reta (irradiação contínua)
Xangô irradia em linha reta
(irradiação contínua)
Iansã irradia em espirais
(irradiação circular)
Egunitá irradia por propagação
(irradiação propagada)
Xangô
polariza com Iansã e suas irradiações passivas se tornam ativas no ar
(raios); Egunitá polariza com Ogum e suas irradiações por propagação
magnética assumem a forma de fachos flamejantes.
Observem
que Lei e Justiça são inseparáveis, e para comentarmos Egunitá temos de
envolver Ogum, Xangô e Iansã, outros três Orixás que também se
polarizam e criam campos específicos de duas das Sete Linhas de Umbanda.
Ela é cósmica (negativa) e seu primeiro elemento é o fogo, que polariza
com seu segundo elemento, o ar. Portanto, como o fogo é o elemento da
linha da Justiça, ela é uma divindade que aplica a Justiça Divina na
vida dos seres.
E,
como ar é o seu segundo elemento, que a alimenta e energiza, e é o
elemento da linha da Lei, ela é uma divindade que aplica a justiça como
agente ativa da Lei e consome os vícios emocionais e os desequilíbrios
mentais dos seres. Os vícios emocionais tornam os seres insensíveis à
dor alheia. Os desequilíbrios mentais transformam os seres em tormentos
para seus semelhantes.
Enfim,
cada Orixá atua de uma forma e é responsável por um dos pólos da vida
dos seres. Uns atuam nos pólos da Fé, outros nos pólos do Conhecimento,
outros nos pólos da Lei e outros nos da Justiça, etc.
Por
isso, vocês devem ordenar o universo dos Orixás em suas práticas e
conhecimentos de Umbanda. Entendam que, se em uma linha ar e fogo se
polarizam para aplicar a lei (Ogum-Egunitá), e em outra fogo e ar
(Xangô-Iansã) se polarizam para aplicar a Justiça, é porque tanto o fogo
e o ar quanto a Justiça e a Lei não são antagônicos e sim
complementares. O fogo, em verdade, não consome ou anula o ar, mas
tão-somente o energiza com seu calor. E o ar não apaga o fogo, porém
apenas o expande ou o faz refluir.
A
Justiça não anula a Lei, mas sim dota-a de recursos legais (jurídicos)
para que possa agir com mais desenvoltura. E a Lei não anula a Justiça,
mas dota-a com recursos para que possa impor-se onde injustiças estejam
sendo cometidas.
No
elemento fogo puro ou Elemental, Egunitá está assentada em seu pólo
negativo, não irradiante, atraente e devorador dos vícios e
desequilíbrios energéticos.
Já
na linha de forças da Lei, regida por Ogum, ela se mostra como o fogo
misto (areado). E, assentada em seu pólo negativo, consome os vícios
emocionais e os desequilíbrios mentais surgidos após o ser desvirtuar os
princípios da Lei, de natureza aérea. E se o ar que anima os princípios
puros na vida do ser (Lei) tornou-se viciado (distorcido), então
Egunitá (o fogo que devora) irá consumir todos os vícios e paralisá-lo
(ar), até que novo ar puro (novos princípios) volte a arejar sua vida.
As
divindades têm uma função a realizar e nós sempre seremos beneficiários
de sua atuação. Quando nos paralisam, também estão nos ajudando, pois
evitam, assim, que continuemos trilhando um caminho que nos conduzirá a
um ponto sem retorno.
Quando
comentamos que existe um triângulo de forças regendo a encarnação de um
ser, nem sempre somos entendidos porque há dificuldade em
interpretá-lo.
A
verdade é que um ser foi gerado em um elemento e tem nele sua
ancestralidade, ou seu Orixá Ancestral, que não muda nunca, e nunca
mudará.
Este
é o vértice do alto do triângulo de forças de um ser. Quanto aos
vértices de base, o da direita (nossa direita) é o Orixá de frente, que
regerá nossa encarnação quando estivermos nos desenvolvendo,
aperfeiçoando-nos e evoluindo sob sua irradiação “inclinada”, e um Orixá
de nível intermediário atuará intensamente em nossa vida, impondo o
ritmo de nossa evolução. O vértice da esquerda (nossa esquerda) é o
Orixá ajuntó (ou juntó) ou adjunto, que atuará sobre nosso
emocional e sobre nosso pólo magnético negativo, ora acelerando nossas
vibrações, ora desacelerando-as, sempre de acordo com a nossa evolução e
com o que é melhor para levarmos a bom termo mais uma vida na carne.
Este triângulo de forças é assim:
O que o triângulo de forças tem a ver com nossa amada mãe Egunitá?- perguntam-nos vocês, então.
Tem tudo a ver!-respondemos nós.
O
médium tem de usar todos os conhecimentos mágicos adquiridos, sempre
dentro da Lei, senão a Justiça Divina o punirá ainda aqui no plano
material. E, no pólo punidor da Justiça, dentro da Umbanda, está
assentada nossa amada mãe Egunitá, que rege o cósmico fogo da
purificação das injustiças. E, se um médium está cometendo injustiças no
uso de seus conhecimentos mágicos, então está afrontando um dos
princípios da Lei, regido por Ogum.
Logo,
não tenham dúvidas: Egunitá entrará na vida do ser através do pólo
negativo de seu triângulo de forças e o incandescerá para consumir seu
negativismo, ou entrará através do pólo positivo e consumirá seu calor,
tornando-o apático e “frio” perante as práticas magísticas de Umbanda,
paralisando-o com isso. Ela é a executadora da Justiça Divina nos campos
da Lei, regidos por Ogum no pólo positivo da linha pura da Lei.
Egunitá,
como todos os Orixás, possui pólos positivos e negativos. Os positivos
entram em nossa vida acelerando nossa evolução. Os negativos
paralisam-na.
Pesquisando
livros de vários autores, importantíssimos para o entendimento dos
Orixás, só encontramos Egunitá sendo descrita como uma das qualidades de
Iansã.
Egunitá tem toda uma forma de ser cultuada, oferendada e firmada.
-deve ser cultuada a partir da sua natureza justiceira (ígnea).
-deve ser oferendada individualmente.
-deve
ser firmada em elementos da natureza associadas ao fogo. Por sinal, a
cor de sua vela votiva é laranja (em substituição à sua cor dourada).
Suas
frutas são: laranja, abacaxi, uva, caqui, tamarindo, etc., e todas as
frutas ácidas, sempre depositadas sobre um pano dourado ou alaranjado, o
qual deve ser circulado com velas de cor laranja e vermelha ou
descrevemos no final deste capítulo.
Seu
fogo consumidor dos vícios e dos negativismos é temidíssimo pelos seres
que habitam as faixas vibratórias negativas, pois se alimenta das
energias negativas que eles geram e irradiam.
As
pessoas que desejam ativá-las religiosamente em seus templos devem
fazer uma oferenda votiva a ela, consagrando nela uma hematita, um jaspe
vermelho, um olho de tigre, um quartzo rutilado transparente e uma
ágata tingida de vermelho. Todas estas pedras devem ser lavadas em água
de cachoeira dentro de sua oferenda.
Após
consagra-lãs, envolvam-nas em um pano vermelho e as levem para vosso
templo, onde as “assentarão” sobre uma chapa de cobre ou de ferro.
Devem
colocar as pedras em círculo, firmar uma vela laranja (ou vermelha) de
sete dias e assentar ali sua força (seu axé). Depois disso, toda vez que
abrirem um trabalho, devem firmar uma vela laranja comum, evocá-la e
saudá-la, pedindo sua proteção.
Façam
isso com confiança e, com absoluta certeza, terão seu amparo divino
durante suas sessões e mesmo após elas, pois nossa mãe Egunitá dispensa
excessos ritualísticos e aprecia a concentração mental e religiosa dos
seus adoradores.
Já
seu culto coletivo deve ser feito em campo aberto com os médiuns
dispostos em círculo ao redor de uma fogueira, simbolizadora do seu
elemento, a qual deve ser alimentada com madeira para formar um
braseiro, pois, no fogo, a brasa é sua. Por falar nisso, a linha dos
Exus Brasa é de Egunitá, a nossa amada mãe do fogo!
Água de Egunitá para lavagem de cabeça (amaci):
Água de fonte com pétalas de rosa cor-de-rosa, folhas de alecrim e de arruda maceradas e curtidas por três dias.
Cor: Laranja; Vermelho; Dourado e Branco.
Saudação: Kali-Yê Minha Mãe
Pedra: Ágatas do Fogo; Topázio Dourado; Pedras laranja.
Minério: Magnetita
Fator: Consumidor
Sentido da Vida: Justiça
Sincretismo: Santa Sara Kali; Nossa Senhora das Candeias, Santa Brígida da Irlanda.
Seu dia: 24 de Maio
Egunitá Orixá Polo Feminino do fogo, a Mãe Ígnea, associada por estudiosos à deusa Héstia ou Vesta na mitologia greco-romana. Senhora da Lei e da Justiça, ora faz par com Ogum (Lei), ora com Xangô (Justiça), assim como Iansã. Seu ponto de força são os Caminhos e as Pedreiras, aonde estiver em ardencia o Fogo em trabalho. Sua cor é a laranja e sua pedra a ágata de fogo.
*Texto excelente das fontes:
Filosofia Holística de LeandroOengushttp://leandrooengus.blogspot.com.br
* JÁ QUANTO AOS MATERIAIS UTILIZADOS NÃO POSTAREI AQUI POR MOTIVOS ÓBVIOS, PRESERVANDO PESSOAS SEM DEVIDO CONHECIMENTO E AUTORIDADE MAGÍSTICA, QUE POSSAM TER ATÉ AS MAIS BOAS INTENÇÕES, MAS PODEM NÃO TER O RESPALDO, AS FIRMEZAS NECESSÁRIAS, QUE TODOS PROCEDIMENTOS MAGISTICOS NECESSITAM.
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